A pré-diabetes: uma chamada de atenção

Há quem encare a pré-diabetes como um lembrete, há quem acredite que é um aviso…

Mas no fundo, é sinal que deve ter cuidados redobrados.

 A pré-diabetes é uma situação que antecede a diabetes propriamente dita, servindo de alerta para evitar a progressão da doença. Em termos científicos, indica que a glicose não está a ser bem aproveitada e está a acumular-se na corrente sanguínea. Se além do aumento da glicose, apresentar também excesso de peso, deve consultar o seu médico para evitar problemas futuros. 

A pré-diabetes: um surgir silencioso

Esta patologia não apresenta qualquer sintoma, pelo que o paciente nem se apercebe que ela já tomou “conta” do organismo. Esta fase pode durar entre 3 a 5 anos e deverá ser controlada através da alimentação, à semelhança da diabetes. Outros cuidados a realçar, são:

• Diminuição de ingestão de açucares, sal e gorduras.

• Medição regular da tensão arterial.

• Abandono de hábitos tóxicos, como o tabaco e o álcool.

• Prática regular de exercício físico (adequado a cada caso).

Se as pessoas com pré-diabetes seguirem uma alimentação saudável, praticarem exercício físico regular e seguirem os conselhos do médico, existe maior probabilidade de normalizar a glicemia e evitar a progressão da doença. 

Os métodos laboratoriais de diagnóstico são os mesmos utilizados para a diabetes, mudando apenas os valores de referência. Assim sendo, uma pessoa pode ser diagnosticada com pré-diabetes através de: 

• Glicemia em jejum: dosagem do nível de glicose no sangue após um jejum de, pelo menos, 8 horas. Os valores variam entre 100 a 125 mg/dl.
• Hemoglobina glicada: este teste é útil, pois estima o valor médio de glicemia nos últimos 3 meses, avaliando a quantidade de glicose presente na hemoglobina. 
• Prova de tolerância oral à glicose: neste exame o paciente doseia a sua glicemia em jejum e novamente 2 horas após beber uma solução rica em açúcar. O teste irá permitir ver como o organismo processa a glicose logo após a sua ingestão. 

Neste sentido, é importante estar atento aos fatores de risco associados, como o excesso de peso, acumulação de gordura abdominal, sedentarismo, idade acima dos 45 anos, história familiar de diabetes colesterol elevado e apneia obstrutiva do sono. 

Sugestão: Meça na sua farmácia a sua glicemia de 6 em 6 meses se não for diabético, de modo a estar sempre a par dos seus valores. Se tiver valores superiores a 100 mg/dl em jejum marque consulta com o seu médico. 

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