A chegada da menopausa marca o fim da fertilidade da mulher, indicando que os ovários deixam de produzir estrogénio e progesterona e deixam de libertar óvulos, a mulher deixa de poder conceber e dar à luz um filho. Com sintomas que variam de caso para caso, esta fase é geralmente acompanhada por inúmeros sintomas que trazem confusão e desconforto, uma vez que o corpo está a adaptar-se a um novo estado. Conheça os principais sinais que lhe indicam que pode estar a entrar na menopausa e saiba de que forma pode lidar melhor com esta nova fase.

 

De um modo geral, a maioria das mulheres entra na menopausa entre os 45 e os 50 anos. Em alguns casos, ela pode ocorrer ainda antes dos 40 anos tratando-sede menopausa precoce e, em situações mais raras, chega só perto dos 60 anos.

O primeiro sinal físico da chegada da menopausa é a ausência de menstruação espontânea, a qual passa a ocorrer de forma cada vez mais esporádica. Considera-se que uma mulher está na menopausa quando se passam 12 meses consecutivos sem menstruação.

 

No entanto, e muitas vezes ainda antes de haver falhas na menstruação, a mulher pode experimentar vários sintomas que indiciam que está na fase de pré-menopausa. Nem todas as mulheres apresentam os mesmos sintomas mas, de um modo geral, eles são:

 

- alterações de humor – o desequilíbrio hormonal faz com que o humor possa alterar-se rapidamente e sem causa que o justifique, há mulheres que se sentem mais irritadas de forma constante, outras experienciam maior tristeza, outras sentem-se tendencialmente mais ansiosas e nervosas. Praticar exercício físico ajuda a lidar melhor com estas mudanças, já que a prática de atividade física ajuda a libertar endorfinas, hormonas responsáveis pela sensação de bem-estar. É também importante que durma bem e que descanse todas as noites o tempo suficiente, para poder lidar melhor com os desafios do dia-a-dia. A prática de Meditação pode ser também uma boa ajuda, sendo essencial que compreenda que esta fase será passageira – embora possa durar vários meses e até alguns anos – e que não tem culpa da forma como se sente. Ter à sua volta um ambiente compreensivo ajuda a que consiga lidar melhor com esta fase;

 

- perturbações no sono, insónias – da mesma forma como a alteração na produção de hormonas pode originar alterações de humor, também o sono pode ser afetado por este desequilíbrio. Importa, como tal, insistir em práticas que contribuam para estabilizar o sono, seguindo rotinas regulares e preparando a sua mente para o relaxamento antes de se ir deitar, evitando estímulos e descontraindo através da leitura, por exemplo;

 

- problemas de memória e de concentração – ainda na sequência do desequilíbrio hormonal, a mente pode ser afetada, principalmente se a mulher não conseguir descansar devidamente, e apresentar maior tendência para ter lapsos de memória e dificuldade em concentrar-se. Importa organizar o seu dia e não se sobrecarregar com várias tarefas ao mesmo tempo e, também, dedicar-se a passatempos que estimulem o cérebro, como fazer palavras cruzadas, por exemplo. Reforce a sua alimentação com alimentos ricos em Magnésio e Selénio, que ajudam a fortalecer o cérebro;

 

- ondas de calor, afrontamentos e suores noturnos – embora se intensifiquem com a chegada da menopausa, há muitas mulheres que começam a sentir ondas de calor súbitas, afrontamentos e suores noturnos. Para poder lidar melhor com eles no seu dia-a-dia, vista a roupa por camadas, para poder despir peças e sentir-se mais confortável, e também pode ser uma boa ajuda ter uma ventoinha no local onde passa mais tempo. Esta fase é passageira mas pode ser bastante incómoda, pelo que deve procurar atenuá-la tanto quanto lhe for possível. Detete aquilo que lhe provoca mais calor, que pode estar associado à ingestão de certos alimentos ou situções de stresse, por exemplo;

 

- secura vaginal, diminuição do desejo sexual – os níveis de estrogénio passam a ser mais baixos, o que pode afetar a libido, e as paredes da vagina tornam-se mais finas e secas, o que pode causar secura. É importante que utilize lubrificante e invista mais tempo nos preliminares no ato sexual;

 

- incontinência, problemas do trato urinário – o estrogénio contribui para proteger a saúde da bexiga e da uretra, havendo maior risco de sofrer infeções relacionadas com estes órgãos e, também, maior dificuldade em controlar e conter a urina. Redobre os cuidados a este nível, para poder proteger melhor os órgãos do aparelho urinário, e aumente o número de idas à casa-de-banho;

 

- alterações no fluxo menstrual – um dos indicadores mais marcantes da chegada da menopausa relaciona-se com a alteração na menstruação, tanto no que diz respeito à sua regularidade – mulheres que sempre tiveram uma menstruação regular começam a ter falhas e notam, em muitos casos, uma alteração do fluxo, que pode tornar-se muito mais abundante ou, pelo contrário, mais escasso. É também possível que haja oscilações entre menstruações, tendo um fluxo abundante em alguns meses e um fluxo mais escasso noutros. No caso das mulheres que tomam a pílula anticoncecional, pode ser mais difícil detetar a chegada da menopausa, a qual pode, no entanto, ser denunciada pelos outros sintomas;

 

- dores de cabeça, tonturas – há mulheres que sentem mais dores de cabeça e tonturas no período da menopausa, as quais se relacionam com as quebras nos níveis de estrogénio. Repousar mais e reforçar o consumo de alimentos ricos em vitaminas e sais minerais pode ajudar;

 

- fragilidade óssea, osteoporose – os ossos tornam-se mais finos e frágeis, perdendo densidade também devido à redução de estrogénio. É aconselhável reforçar o consumo de alimentos ricos em Cálcio e Magnésio e tomar suplementação que também ajude a ter mais vitamina D.

 

 

A menopausa dura cerca de 4 a 5 anos, sendo de 3 anos em alguns casos e podendo, em outros, chegar a 6. Este período é longo e, como tal, importa procurar vivê-lo com a maior tranquilidade possível para que seja mais fácil de superar. Pode ser aconselhável falar com o seu médico, de forma a saber que tipo de suplementação pode tomar que a ajude a minorar os sintomas.

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